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Meteoritos são fragmentos de corpos sólidos do sistema solar (asteroides, cometas, Lua, entre outros) que caem na superfície da Terra. Quando entram na atmosfera terrestre alcançam velocidades que vão de 11 a 72 km/seg – dependendo da direção e sentido de suas órbitas em relação a da Terra – e tornam-se incandescentes, deixando uma rápida trilha luminosa no céu conhecida como meteoro ou “estrela cadente”. Alguns poucos meteoros sobrevivem a esta queda e os que alcançam a superfície terrestre passam a se chamar meteoritos.

 

Assim, por definição, ao longo de sua história os meteoritos são a maior parte do tempo objetos astronômicos, brevemente atmosféricos e, posteriormente terrestres. Astronomicamente, os meteoros apresentam formas randômicas devido às colisões cósmicas que estão sujeitos. Em sua queda, os meteoros sofrem queima ou ablação (devido ao atrito com o ar), fragmentação e explosão no final da passagem atmosférica, quando o corpo é totalmente freado, passando, a partir deste ponto, a cair em queda livre.

 

Durante a breve passagem atmosférica, as camadas mais externas do meteorito fundem e vaporizam, desprendendo-se do mesmo, o que deixa um rastro de poeira no ar. No entanto, uma fina camada deste material fundido fica aderida na superfície do meteorito após a queda, chamada de crosta de fusão. A queima ou ablação deixa outra característica peculiar nos meteoritos que são os regmaglitos (depressões que se assemelham a marcas de dedos em massa de modelar). Essas características são mais evidentes nos meteoritos metálicos por não se fragmentarem durante a fase final do percurso. Alguns meteoritos mostram cavidades profundas que seriam formadas pela evaporação de inclusões nodulares de troilita (sulfeto, FeS) e/ou grafita (Carbeto, C) durante a passagem pela atmosfera terrestre.

 

Os meteoritos podem apresentar constituição rochosa, metálica ou mista, e seu aspecto externo irá depender desta composição somada a diversos outros fatores, tais como: forma original no espaço; velocidade e ângulo de entrada na atmosfera; orientação ou não durante o voo; e fragmentações na passagem atmosférica. Alguns meteoritos apresentam forma cônica, estes entraram orientados na atmosfera e não se fragmentaram tendo sido usados como modelos para cápsulas espaciais retornarem a superfície terrestre.

 

O impacto desses corpos com a superfície terrestre depende de todos os fatores acima relacionados somados a seu tamanho. Os meteoritos de até uma tonelada são totalmente freados pela atmosfera e caem a partir de uns 10 km de altura em queda livre. Já os maiores que cem toneladas atingem a superfície com mais de 50% da velocidade cósmica explodindo tanto o meteorito quanto o solo, formando crateras de impacto. Por este motivo, o maior meteorito em uma única peça é o Hoba West (Namíbia) com cerca de 60 toneladas.

 

Após caírem na Terra, se não forem recuperados e preservados imediatamente, ficam sujeitos ao intemperismo. Este processo, com o passar de anos e/ou séculos, irá apagar as características peculiares dos meteoritos e os incorporar ao solo terrestre. A velocidade do intemperismo depende, dentre outros fatores, do tipo de solo, vegetação e níveis de umidade local. Assim, são recuperados milhares de meteoritos nos desertos e na Antártida enquanto que são raros os resgates em florestas tropicais e áreas úmidas.

 

> ACESSE TAMBÉM <

 

Meteoritos - Site pessoal da Prof.ª Maria Elizabeth Zucolotto
YouTube - Canal oficial de vídeos do Setor Meteorítica MN/UFRJ
Meteoritos Brasileiros - Site com informações sobre meteoritos brasileiros
Cruz del Sur - Site de venda de meteoritos do José Maria Monzôn
Meteorito - Site de venda de meteoritos do André Moutinho

 

Museu Nacional

Quinta da Boa Vista - São Cristóvão
Rio de Janeiro - RJ
CEP: 20940-040
www.museunacional.ufrj.br